Série histórica das despesas primárias do Governo Federal: 1986-2020
O Observatório de Política Fiscal atualiza a série histórica de despesas primárias iniciada em 1986, ano de criação da Secretaria do Tesouro Nacional. No ano da pandemia o governo criou uma série de políticas que resultaram na ampliação das despesas primárias. As estimativas apontam que a despesa primária atingiu 26,1% do PIB em 2020, na base comparável dos dados iniciada em 1986. Como não podia deixar de ser, foi o ano de mais crescimento da despesa primária na série histórica.
Com o fim da pandemia o gasto primário deverá recrudescer para um patamar inferior o que ainda levará um pouco de tempo em função da nova rodada de medidas que serão utilizadas para mitigar os efeitos da crise ainda em 2021.
Como tem sido usual na divulgação dessas informações, o Observatório de Política Fiscal também divulga a série de despesas primárias em proporção do PIB potencial estimado a partir da série cedida pelo pesquisador do IBRE Bráulio Borges. Nesse caso, como existe elevada ociosidade, o indicador apura um crescimento um pouco menor da despesa quando esse efeito cíclico é corrigido, mas as principais observações continuam válidas.
A base de dados segrega as informações em despesas com pessoal, previdência, seguro desemprego, LOAS (RMV e EPU), custeio e investimentos e subsídios. As principais políticas de combate à pandemia foram registradas contabilmente como créditos extraordinários e, portanto, incluídas na rubrica de custeio e investimento conforme a metodologia dessa informação.
Para um olhar específico sobre as despesas da pandemia recomendo a consulta ao Resultado do Tesouro nacional que apresenta essas informações de forma segregada.
Para acessar os dados clique aqui.
Link para a metodologia da pesquisa.
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva dos autores não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.
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