Despesas primárias do Governo Federal: 1986-2022
O Observatório de Política Fiscal atualiza a série histórica de despesa primária iniciada em 1986.
A despeito da tendência histórica de crescimento, iniciada a partir de 1992, a pandemia significou uma elevação sem precedente do gasto federal, rapidamente revertido. Em 2021 e 2022, a despesa primária se manteve constante em 18,1% do PIB, um patamar que remonta ao ano de 2015.
A principal razão para essa reversão foi a retirada da maior parte dos estímulos fornecidos durante a pandemia. O gasto de custeio que atingiu o patamar de 10,9% do PIB em 2020, voltou ao patamar próximo a 5% do PIB, observado em anos anteriores.
A queda do gasto com pessoal e previdência também foi expressiva. O item de despesa com folha de servidores caiu de 4,3% do PIB em 2019 para 3,4% do PIB em 2022. Os gastos com previdência, por sua vez, caíram de 8,6% do PIB em 2019 para 8% do PIB em 2022. Cabe ressaltar que uma parte dessa queda na previdência pode ser revertida por conta da normalização dos atrasos nas concessões de benefícios previdenciários.
Para 2023, o Relatório de Avaliação Bimestral de Receitas e Despesas do 1º bimestre prevê que a despesa primária deve atingir 18,8% do PIB a depender da confirmação do cenário econômico e da execução orçamentária. Os dados estão disponíveis aqui.
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.
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